Estendido no chão, oiço o vento a enfrentar-me.
E, preso em sentimentos, sinto um estranho a percorrer-me.
Retino-me em espelhos e tento, perigosamente, encontrar-me.
Mas já nem sangue tenho nas veias, para realmente «ser».
Manco a pele, fecho os olhos e oiço-te em mim…
(Queria tanto esconder-me, pois já nem te consigo resistir…)
Todo o «eu» que era, agora, é repartido contigo.
Será que me transformei, ou simplesmente voltei a nascer?
A nascer em teus braços, a fazer-me teu, ainda mais do que queria.
Eu? Eu prostro-me em ti, arrisco-me em ti, e tento-me proteger.
Porque tu podes dizer que não me vês como amante, em tuas harmonias,
Mas beijas-me em palavras, elogias-me em gestos, em perigos
Fustigantes, e até em chamas ardentes… Mas que fulminar sem fim!
(Chega! Grita-me em fantasias, que eu quero começar a sentir!)
Se quiseres seduzir a minha mente, terás o meu corpo.
O meu corpo pétreo e lacerante, que me massacra em ironias.
E que aceita, sem pesar, o que ao meu coração faz vibrar. Em histeria.
Perfeitoooooooooooooo...amei, como sempre!! heheh
ResponderEliminarwww.escritoraadriana.com
O desequilíbrio do equilíbrio...
ResponderEliminar