(A)Mar do nosso olhar...

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Os meus sentidos e o meu ser podem já nem existir,
Que o meu coração, ao vislumbrar a maré a erguer-se, retine-se em sentimentos.
Por entre uma brisa de maresia, uma luz dissipa-se em gestos,
E unicamente és tu quem eu vejo.

A tormenta poderá arrastar o meu corpo, cansado de lutar,
De erguer-se das cicatrizes de um passado que me marca a pele - o coração.
Pode tudo ser uma inversão de marés, daquela neblina que me causa cegueira,
Que és tu, unicamente, quem eu vejo...

Sempre que solto um suspiro, ou esqueço-me, dentro do meu passado,
Perco-me. Perco-me em repiques de mágoa, de sofrimento...
Mas, desde que apareceste naquela solitária praia, entreguei-me a ti.
E, a partir desse momento, foste sempre tu quem eu vi. 

Abracei-te no meu âmago silenciado pelo medo de falhar - de errar novamente,
Derramando-me no que não queria voltar, no que não queria reviver.
Entreguei-me sem saber e... o temor de um mar agitado dissipou-se em amor sincero,
Em tudo o que hoje mais quero: ver-te sempre a ti.

Apareceste assim, sem avisar, e sem eu mesmo imaginar.
E é em ti que te entrego, e entregarei, todo o meu Amar.
O expoente deste meu clamar, de um batimento voraz do coração,
Da nossa eterna paixão... revolta no (A)Mar do nosso olhar...

3 comentários: Leave Your Comments

  1. Aaaaaiii, que lindoooo!
    Tava sumida por uns tempos, mas voltei por aqui...ehehhe
    Parabéns...me encontrei aí porque adoro o mar... e o a-mar! heheh
    Um beijo!
    www.escritoraadriana.com

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  2. Magnitude, magnético e Magnific.

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