A sensação de estar sempre no mesmo sítio percorre-me o corpo, rasga-me a vida,
Deixa-me completamente estendido no chão, como uma tempestade que se apodera de mim.
As minhas pernas estão cansadas de tanto correr, a minha respiração ofegante...
Para onde vou? Por onde vou? Não posso mais desaparecer, esconder. Fugir.
Se eu arriscar já tudo, espero que segures a minha queda.
Se eu arriscar tudo em ti, em nós, estarás lá para me abraçar como no primeiro dia?
Como posso sobreviver sem as tuas poesias? Como posso respirar sem te ter?
Quando sinto a tua ausência, o meu coração sufoca-me, deixa-me sem sentir,
Sem conseguir proferir o que tanto gosto de te dizer: amo-te.
Sem ti, as estrelas que pareciam unidas desvanecem-se no céu negro,
Partem-se como cacos de vidros, como feridas novamente abertas.
Preciso de arriscar tudo. Por ti, eu tenho de arriscar tudo.
Porque o que quero mais sentir é amor, é o sangue a escorrer-me nas veias,
A sentir-me completamente autêntico. Único. Perfeito.
Só quero que saibas que não vou ter medo do que vier,
Apenas preciso de uma razão para voltar a respirar, a viver.
E só isso é que tu me consegues dar.
Tu.
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