Sempre que eu tento insistir nos vários significados que o meu próprio ser pode ter, perco-me.
E começo de novo, vezes sem conta - como se eu tivesse todo o tempo do mundo!
E supostamente tenho toda a eternidade da minha vida, até que chegam as vozes gritantes que me puxam para o fundo e impedem-me de sonhar.
Deixam-me confuso, exausto – tal e qual como o meu corpo se encontra agora.
Olho para baixo e sei que os meus olhos querem dizer algo, mas calam-se no silêncio do que é realmente amar.
O amor é como eu: não tem definições, não se fala - sente-se.
E eu apenas gostava que alguém me sentisse pela primeira vez, da mesma forma com que os meus olhos me vêem.
Os meus olhos são como eu: vêem e sentem tudo - até lágrimas deixam cair neste mar imenso que me rodeia.
Oiço o silêncio desta noite que me assombra.
Oiço a fúria do mar quando chega à costa - quando chega a mim -, e olho para trás.
Tento encontrar o meu coração morto antes de ti.
Mas agora, já nada importa.
Eu mergulho no mistério que esta praia me reserva e tento afogar cada sentimento que tenho em mim.
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