Sinto que não estou aqui. Não sei onde estou. Olho em meu redor e nada reconheço.
Estarei no meu pior pesadelo? Daquele que sempre me cegou e que eu temo sem hesitar?
O meu corpo está aberto. O meu coração está exposto. E só sangue cai no chão.
Olho para baixo e sinto-me a flutuar. Não tenho forças para me segurar em nada.
Estão a sugar-me. Estão a levar-me para o recanto dos meus piores demónios.
E eu grito, grito e grito! Mas já nem oiço a minha voz.
Estou a perder os meus próprios sentidos. A minha visão está cada vez mais a desvanecer-se.
Eu sempre sonhei que me levavam para longe desta felicidade. Porque a felicidade é passageira.
Vai e vem, e não nos pergunta quando pode aparecer e desaparecer das nossas vidas.
No entanto nunca pensei que fosse tão cedo. Estou nu de sentimentos, estou orfão.
Ai! Pontapeiem-me sem dó nem piedade! Parem! Eu não mereço!
O mundo está a girar mais rápido do que eu gostaria, e eu não consigo acompanhar estas voltas e voltas.
Sei que vou desmaiar a qualquer momento. Esta sensação amarga assusta-me.
Mas eu não quero mais saber. Se me querem levar, que me levem.
Já têm os meus ossos, o meu esqueleto. Roubaram-me tudo o que eu tinha,
Tudo o que me fazia feliz.
Nunca pensei que te pudessem roubar de mim...
E eu estive tão perto de viver uma grande história de amor...
0 comentários:
Enviar um comentário