Não sei contar pelos dedos…
Não consigo contar pelos dedos as vezes que te vi partir…
Que me deixaste ao relento, desamparado, em segredos
Até a minha pele ficou cáustica, lacerada, queimada.
O orgulho foi mais forte que nós, que a nossa paixão, que a nossa loucura.
E estou perdido. Nunca me senti assim tão perdido.
Agora é a tua vez de contar, de desistir, de seres igual a mim.
Continuo a estar nu. Fica também. Fica como as palavras que dissemos na nossa despedida.
Só assim poderei voltar a ti, ao que nós éramos.
E eu admito: assim, estou entregue a ti. Por isso, abusa de mim, estropia-me!
Faz de mim o que quiseres! Por mais que me queimes, estou cru.
Hoje o dia é mortal… E só os fracos que sentem é quem morrem…
Enquanto escrevo estas palavras, estou seco. Flutuo dentro do âmago da minha imaginação.
E sinto-me livre, etéreo…
Sinto-me, finalmente, a nascer, ilusão.
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