Sinto-te longe mas perto ao mesmo tempo...

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Sinto-te longe mas perto ao mesmo tempo.
A tua essência vive em mim, como algo intrínseco, cru, animal.
Bem sei que a tua partida aconteceu. Foste. Partiste. Abandonaste-me.
E eu continuo aqui, parvo, otário, à espera de algo que nunca vai chegar a acontecer.
Admito que pequei várias vezes. O mal estava entranhado na minha pele.
E os beijos que te dei estavam sedentos de fome, de vontade louca.
Por vezes, enquanto te abraçava, pensava naquilo que não devia.
Era imperfeito e continuo a sê-lo. Mas penso que foi sempre isso que te fez apaixonar por mim.
Será que mereço que alguém me ame como tu me amavas?

Estúpido, sou tão estúpido. Continuo à tua espera, mas fui estúpido por ter vivido esta história.
Amo-te, amo-te tanto, mas enganei-te sem dó nem piedade.
Magoei-te, era uma criança, não merecias nada daquilo que te fiz.

Agora, pago por tudo o que fiz sofrer.
Posso sentir-te tão perto agora... no calor que nos aquece o peito, na verdade de um só jeito, de uma só vontade, de um só sentimento.
E neste momento percebo que sem ti não sou ninguém. Sou alguém incompleto, bastante imperfeito, até demais, para ser feliz.
Percebi que o nosso amor não é demais. É unicamente aquilo que precisamos.
Percebi que, quando nascemos, viemos ao mundo para amar alguém.
E eu amo-te com todas as minhas forças.


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