O meu corpo estremece. A minha pele tende a rasgar-se para um dia te poder tocar.
A vontade louca de te pertencer mata-me aos bocados, aos pedaços.
Tenho um nó na garganta e este não é capaz de desaparecer.
Não consigo mais fingir: sou teu. Sou teu desde o momento em que nasci.
Estava predestinado ser teu, nesta e em qualquer outra vida.
E não minto. Não nego que tu és quem dá luz a esta cidade em que eu vivo,
A esta casa vestida de púrpura e que se fecha em silêncios tortuosos.
Não posso negar o quanto me dizes tanto, o quanto te sonho todas as noites,
A maneira como te beijo sem te tocar nos lábios.
Talvez sejas a coisa mais verdadeira que eu tenha.
Talvez eu esteja a pedir demais e não devia...
Mas eu apenas preciso que voltes para mim, que me dês uma segunda oportunidade,
Para te mostrar tudo o que está escrito neste poema,
Sem sentido, vago, inútil.
Quero esquecer as palavras e passar para a acção.
Para, finalmente, acreditar que o amor realmente existe.
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