Tempo

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Tempo. Tempo para te ter nos meus braços,
Para te olhar nos olhos, te beijar em perdição, e enlouquecer.
Roubando-te as palavras que queres dizer, em gestos…
Sem mais percalços nem lodaçais escondidos. Apenas amor.
Destinos entrelaçados, num horizonte sombrio e escuro,
Entre palavras tímidas, que se tornaram o refulgir da minha essência.
Sem ver a hora em que me perco em ti, nos teus lábios…
Sofri sem medida em águas passadas. Mas tu és o meu esquecer, 
A infinidade da nossa imortalidade, do meu sincero manifesto.
Tu curaste o meu negro interior, em desejos sorvidos, em fervor.
Tu coseste o meu coração. Depois, abraçaste-o, tornando-o em ouro.
Tornando toda a minha esperança na certeza da tua existência.

Tempo. Tempo para ouvir a beleza da tua voz, 
Para te agarrar sem demora, para te ouvir nas nossas entrelinhas…
Para sermos um só, neste aconchegar terno - sendo apenas «nós».
Faltando pouco Tempo para a palavra «Amo-te» ser minha...

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