Caminho num sonho (sonho esse tão real), e sinto-te em mim...
O sol raia através da escuridão dos lodaçais, e eu chamo por ti, aclamo-te! -
Até por entre as folhas de outono, que se enchem de geadas, enfim,
Tudo o vejo em mim: vejo em ti. E, sem hesitar, profiro: amo-te...
Em tempos, o meu coração não esteve aberto. Estava despedaçado...
E, em resquícios, num ósculo intenso, tu apareceste...
Já em tempos a vida tinha-me falado de ti. Talvez num outro passado,
Em frases ditas e em desejos olvidados. Possivelmente, em olhares celestes...
Mas, tu, agora, constantemente, mostras-me o mundo. Mostras-me todas as cores,
todos os esvoaçares etéreos, todos os sentimentos mais profundos...
Mostras-me, simplesmente, Amor. Em gritos, em gestos, em fulgores...
Mostras-me o voar mais alto, o além-acreditar, todo o mundo vivido num só segundo.
E, sem vacilar, entrego-te tudo o que há em mim. Entrego-te a vida...
Entrego-te o que bate sem cessar dentro do meu próprio peito. Talvez, meu sangue: só teu.
Eu apenas vivo pelo teu amor, vivo pelo o que tu me dás.
Vivo, primariamente, por ti...
E para ti...
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