Dezembro

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Estou sentado num banco de jardim, a ver a neve a cair nas frias folhas.
O outono já passou, o inverno está prestes a chegar. E tu, dezembro, já és meu.
Mas a minha pele continua intacta, inundada de arrepiantes saudades.
Faltas-me tu. Faltas-me tu aqui. E eu só sei esperar por ti, nesta cidade.

As luzes de Natal já nada me dizem, se não te tenho a meu lado.
Não há ninguém que possa negar a beleza e a vivacidade de Lisboa...
Mas seria tão mais bela se os teus pés a pisassem, e se as tuas mãos me agarrassem,
E eu sentisse o toque dos teus lábios, e os nossos olhares apaixonantes a possuírem-me...

Há já imenso tempo que te espero, que anseio pela tua chegada,
(e eu sei que não desistirei, porque a minha alma, corpo e coração são teus),
Eu estou em mudança. Tu és a minha mudança. Por isso, regressa
E oferece-me as tuas poesias, as tuas fantasias, as tuas promessas...

Apenas, vem, aproxima-te do meu ser, que eu só quero ser feliz...
E deixa-me enrolar-me em lençóis de linho, mergulhados em pétalas de paixão.
As sombras até nos podem assustar, mas nada nos consegue magoar...
Apenas um vislumbre de um passado que tu decidiste apagar...

Dezembro, peço-te que me dês o meu amor...
Que eu quero começar a construir a Eternidade que tanto desejo.

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