Depois da Tempestade...

"Before A Storm", de Leonid Afremov.

Nos momentos em que a minha voz se perde e que eu perco-me sem saber,

E quando a minha carne se junta aos meus ossos e todo o meu coração explode,

Eu chamo, ao longe, por ti. E a minha Tempestade desfaz-se quando te vê.

Meu porto de abrigo, que me encontra e que dá um novo sentido à minha vida. 

Por muitos planos que faça, tu mudaste-me por completo, por inteiro.

Fizeste-me sentir teu. Fizeste-me sentir humano. Fizeste-me sentir vivo.

E, por vezes, quando me interrogo o que pode vir a seguir, e se eu irei alcançar,

Todos os meus medos se desvanecem. Porque são compartilhados a teu lado.

Poderei ter medo - não nego que também tenho medo - mas tudo muda,

Tanto se altera quando me abraças e me enlaças nos teus braços (naqueles em que fico).

Tantas tempestades passei, foram tantos os dias em que vivia sem viver,

Em que não sentia o que era amor - até tu me fazeres ver o quão importante posso ser...

Para alguém.

Não consigo calar a minha voz no silêncio que antes tão bem conhecia,

Nas conversas mudas em que me atava ao segredo de amar-te, de amar o que não tinha.

Agora não, agora sinto que sou livre, que sou um pássaro vivo,

No meu peito, no meu coração que entreguei-te sem pensar no amanhã,

Naquele que sei... que será a teu lado.

Depois da Tempestade...