Aberração!

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Houve tempos em que entregava o meu corpo sem pensar,
A quem o deixava derreado, protelado, sem ecos de salvação.
E eu pensava: "Estarei entregue ao «Inferno» que se apoderou do meu espírito?

(Não! O monstro está na minha cabeça! Puxa-me e puxa-me para si!
Arrasta-me pelo chão, para dentro do seu áspero âmago, e diz-me:
- És uma aberração! 
Estou a ficar sem respiração! Alguém que me acuda! Estou a descer, estou a descer!
Nada vejo! Nem um resquício de «Vida»! E oiço, novamente:
- ABERRAÇÃO!)

Agora...
Agora é apenas um sonho nas profundezas do meu insano interior...
Tanto me amei... que o matei sem misericórdia, sem medos. Dor? Já nem há dor...
Já não há dor desde o momento em que te encontrei...
Em que me amaste pelo que sou, e não pelo que mostro.
Despojaste-me a alma, ostentaste-me em ouro puro, tornaste-me teu...
Beijaste-me sem pudor e desvelaste o teu coração a mim...

Desde o momento em que me pediste o «para sempre».

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