Renasci! Acordei das cinzas em que o meu corpo se consumia - em que eu ardia.
Gritei o teu nome, tantas foram as noites em que te pedia, no pavor, no temor,
De continuar no escuro daquele meu passado. Revirado. Usado. Gasto!
Eram lembranças e silêncios sufocantes - errantes como as sombras que permaneciam em mim.
Pedia por ti, clamava um coração que me amasse, que me levasse para longe.
Que me roubasse do escuro - que me incendiasse em labaredas de paixão.
As cinzas que antes me perseguiam, continuam espalhadas pelo chão.
Pelo chão sem emoção, rasgado em sangue e hiante de misericórdia.
E todos os demónios de outrora foram deixados para trás,
Porque desde que te conheci perdi o medo, e encontrei-me em explosões de sentimentos.
Porque é preciso morrer e voltar a nascer, e queimar as mágoas de um passado longínquo,
Que tantas vezes me bateu com brusquidão, carregado de hipocrisias e de devaneios.
Agora, por mais que tentes, nada mais conseguirás do que alimentar-me!
De me dares força para continuar, para rasgar tempestades gritantes!
E antes o vento que assobiava pelas noites escuras, tornou-se no meu âmago brilhante,
Louco por querer o mundo e por ter o mesmo mundo nas minhas mãos.
Agora não! Não sou o que era e muito menos tenho as minhas mãos cheias de nada.
Sou a palavra que não se cala, o sentimento que me rasga o peito, que me divide em metade.
Que faz renascer de tudo o que um dia não fui,
Para ser teu como fénix imortal - em fogo de amor.
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