Ao longe, ao longe, apenas vejo uma negra sombra
(Tão límpida mas tão suja que me encarna em pedaços).
Entre desleixos, te, deposito a minha força que me assombra
(Sei que, no meio de fracos e desesperados, serei o único de abraços).
Ao tempo, à triste glória que me mutilou, que me envenenou,
Regaço meu, que desmaio meu te enfeitiçou, apenas te beijou?
Tangível de fervor, admito que fui enganador como o vento que me levou,
Que me ajudou a flutuar entre os mares, entre o teu coração. Deus, te, suplicou
A loucura tão premente, pajem mas infausta como o riso de uma sedução.
Não sei se te prometo um paraíso ou apenas um passado, minha expulsão.
Mas neste presente há sempre um passado e um futuro, uma emoção.
E é desse futuro que se criam frutos sorvidos e cálidos de paixão.
Por isso, aqui, hoje e para sempre, Amo-te.
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