Quero-te!

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Eu engano-te. Quero-te! Quero beijar-te, beijar o teu olhar mortífero 
Que me sufoca o âmago, a minha raiva interior. A minha vontade de viver.
Tu puxas-me, cumprindo o meu desejo, e eu rejeito-te. Tu rejeitas-me, eu puxo-te. 
Não me consigo esconder. Fujo para o horizonte que me apela, mas sinto que o medo me atravessa.
Se eu for um animal mortífero, o que tu és? Um também? Ou alguém sem nome?
Eu gosto de ser chamado animal mortífero, sinto-me portentoso, poderoso.
Proclamo o ouro puro, mato o negro sobre o branco. Sou um rei sem reino
E tu uma coroa sem proclamação. Nós os dois? Não somos ninguém!
Os animais mortíferos não reinam. Apenas se cobiçam no mato sujo.
São livres, protegidos da apatia social. Correm e sentem o cheiro do orvalho.
Saltam para a lama, andam por lianas e rastejam ao sabor do vento.

Ouvimos o mundo lá fora, em repique. E eu refuljo, e tu continuas a assistir ao terror.
Vivemos num submundo. No nosso mundo. Aclamamos a nossa nação, expelimos a nossa emoção.
Oiçam o nosso ranger de dentes!

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