Estou sem forças. Olho para ti, crispo os membros e espero.
(Não há melhor que possa fazer senão esperar...) Arrepio-me, sinto-me com frio.
Mas todo eu sou frio. Por isso, fere-me. Fere-me como nunca ninguém o fez.
Não tenho sangue. Por mais que me magoes, nada deito, nada tenho.
Posso ter fome, mas nada como. Beber? Só bebo arrependimentos.
E continuo aqui, firme. Porque, mesmo sem te ter, sei que isto não é o inferno.
O amor não me basta. Preciso de agarrar o mundo com as minhas mãos.
E rir-me dele. Da desgraça em que ele se tornou. E sussurro, exagero.
Amores proibidos? Sempre os tive, nunca os aproveitei. Por isso, sinto-me vazio.
Respiro ar impuro. Caio em mim, tento pegar em facas: é a minha vez.
Mas é a minha vez de quê? Eu não sou um boneco, não sou um desenho.
Sofro, com desdém, todas as feridas abertas. Ostento impurezas, sofrimentos.
O meu coração, lentamente, dá sinais de vida. Estou vivo, mas não sou eterno.
Não aguento mais apunhalares. Não consigo chorar mais. Apenas amar-te, paixão.
Descongela-te a sede de amar ou a necessidade em, intensamente, ser amado?
ResponderEliminarDeliciosa escolha musical.
Abraço.