Nascer e morrer. A teu lado.

Eu, todos os dias, e cada vez mais, oiço o tilintar do meu batimento cardíaco.

Cada vez mais louco e longo, como o sentimento que transporto dentro de mim.

E a noite, que sempre me atraiu, cai sobre mim e enlouquece-me de desejos,

Como os teus lábios e o percorrer do teu corpo, que me transcendem em estrelas.

Apenas beija-me com força, e rasga-me a pele. E imagina o mundo a acabar.

Possui-me como se fosse o último dia da tua vida. Como um ser demoníaco.

Deixa-me amar-te como se fosses a primeira e última pessoa. E, em frenesim,

Com o mundo a queimar-se a si próprio, queima-me e arrepia-me a pele, em ensejos.

Porque nada mais me assusta se não a tua perda. E, antes que seja tarde demais, em telas,

Eterniza o meu corpo, e junta-lhe cores de paixão, de prazeroso amor insano, a brilhar.

Porque, mesmo imaginando o mundo a acabar,

Seria tão bom nascer e morrer. A teu lado.

Por isso, vem-me buscar, porque eu te amo. Para sempre.