Onde está o meu coração?

Onde está o meu coração? Onde está o meu coração? 

Olho para o chão e vejo sangue derramado, olho para mim e nem me reconheço.

A minha alma? Desapareceu, e é arrastada pelo meu corpo cansado.

Volto a repetir: onde está o meu coração, cheio de emoção?

Foi deixado à tua mercê, nas tuas mãos frágeis. Em que eu mais peço.

E eu sei que é errado não sentir este amor. O meu legado, o meu fado.

Onde andas, meu amor? O meu sôfrego carpir torna-se em ânsia de ter,

Na saudade de te dizer que te amo, e na saudade que tenho de te sentir.

O meu peito lacerante grita pela insanidade do teu beijo, do teu sorriso,

Do teu «para sempre», que me fazia acreditar. Viver.

Não me deixes abandonado, estou despojado. Deixa-me apenas contigo «Ir».

Pois nada sou, nada tenho. Tu és o meu riso, o meu paraíso, quem eu mais preciso.

Eu estou a perder a estribeiras, e apenas a loucura me acompanhará.

Dá-me resquícios de esperança, de esperas incessantes, de desejos fulgurantes.

Não sejas o «Passado» que eu não quero. Junta-te a mim e faz de nós apenas diamantes. 

E...

Desculpa-me...