Quero!

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Quero! Quero tudo de todas as formas.
Quero-me sem nada, quero-te com tudo o que me dás.
Quero-te sem metades nem complementos. Quero-te com todos os ossos que tens no corpo.
Quero-te da forma mais áspera e voraz que possa existir.
Quero-te comigo e contigo, em todos os momentos, nas ruas desertas e carregadas de gentes.
Quero correr por aí, sem destino a alcançar, sem regras para eu acatar.
Quero dançar nu e rir-me bem alto, com as mãos para cima,
Como se de um ritual se tratasse para eu poder ser livre.
Amo-te, e amo todos os meus inimigos. Quero beijá-los a todos.
O perdão é algo intrínseco a mim. Perdoei-me, perdoo todos.
Apenas não perdoo a forma como tu olhas para mim -
Com esse desejo saciante que me deixa perplexo, sem palavras.
Talvez seja um primitivo, um homosapiens em construção.
Talvez tenha morrido e nascido mil vezes, mas nada me tira esta vontade de chafurdar.
Quero exagerar, quero ser luz e escuridão - caso isso seja possível.
Quero ser livre. Quero amar sem pudores.
Quero-te a ti. Quero-me a mim. Quero-nos a nós.

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